Autor: Rosane Assunção Gonçalves

COMO ANDA A SAÚDE MENTAL DA SUA EQUIPE?

Essa pergunta não é necessariamente para aqueles que já estão à frente de uma equipe. Acho mais interessante, que não seja o líder a se propor em responder.

Muito temos ouvido falar sobre não romantizar o trabalho, mas, com esse “novo normal” que já não é tão novo e quase nada de normal, o trabalho em home office muitas vezes excede por falta de disciplina do próprio profissional. Com isso, suas pernas ficam inchadas, devido a quantidade de horas com o corpo parado. Será que aquele tempo que antes era dedicado ao deslocamento não era tão ruim quanto parecia?

E quanto aqueles que não tem mais disponibilidade para ocupar vagas em regime presencial? E a maioria não parece ser só por receio da pandemia.

Está tudo ainda estranho. Em 2020 iniciou uma “provisória” nova forma de trabalho e quase dois anos depois, vemos alguns esperando pelo “antigo normal”.

Conforme dito pela psicóloga Edithiane Vieira (Ascom do Costa do Cacau): “A pandemia tem um efeito marcadamente traumático para todos, mas com impacto diferente entre cada indivíduo e sua forma e condição de enfrentar a situação. Temos o desafio da construção concreta de um novo normal, mas advertidos que o antigo normal não mais nos representa efetivamente”. Proponho entenderem equipe como “os seus”. Seus amigos, seus pares, seus líderes, seus subordinados… “os seus”. E, peço licença para finalizar “metaforizando”:

Tem pessoas que ainda estão esperando o sinal tocar para entenderem que já está valendo. Sendo ou não alguém da sua equipe, caso você veja alguém rodando no pátio, olhando para as quadras, parado no portão (…) aproxime-se, ajude-o a entender que toda a agitação e todo o movimento que temos experimentado não é um intervalo e que o sinal não vai tocar. Ajude-o a caminhar até a sala, porque a aula já começou.

Cuide de você e dos seus.

2022: Incertezas na economia e certezas na negociação

Apesar do aumento do PIB previsto para 2021, as previsões econômicas para o Brasil em 2022 foram deteriorando-se durante o segundo semestre, tendo como causas principais o cenário da nova variante Ômicron do Covid-19 e as ações do governo federal que levaram à queda de confiança dos investidores. 

Alguns fatores projetam um ano desafiador para a recuperação de créditos em 2022: o aumento da inflação, a previsão de estagnação do PIB, aliados, ainda, aos 13,3% da população desempregada. 

Contudo, pode ser que os impactos da crise sejam abrandados pelos investimentos públicos que tendem a aumentar em ano eleitoral. Além disso, o programa Auxílio Brasil aprovado pelo Congresso trará um reflexo positivo na composição da renda das famílias beneficiadas.  

O agronegócio brasileiro, um dos mais eficientes do mundo, deve manter o seu ritmo de crescimento para 2022, segundo dados da Abimaq, e projeta-se de forma muito otimista um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos principais segmentos (arroz, milho, soja e derivados, açúcar, etanol e os três tipos de carnes). 

O setor educacional, que foi um dos mais seriamente afetados pela pandemia, também já prevê melhoras para esse ano. A redução de 34% do mercado de escolas ocorrida em 2020, parece estar no fim com a queda de 95% para 52% dos cancelamentos de matrículas, segundo pesquisa nacional do Grupo Rabbit. 

Assim, esse momento de diversas incertezas com maiores riscos para a economia traz desafios adicionais ao setor de cobrança para o ano de 2022.  

O uso de novas tecnologias e o atendimento digital devem ser ampliados principalmente nas primeiras faixas de risco (saldo e atraso), nas carteiras cobrança dos produtos de varejo, educacional, telecomunicações e energia elétrica. Esta expansão deve ocorrer não só como forma de atender a um público cada dia mais dinâmico, tecnológico e que não quer receber ligações de cobrança, mas também como medida de redução de custos para as agências de recuperação.  

O caminho para uma negociação eficaz passa certamente por uma mudança na forma do atendimento ao cliente. Maior empatia com a situação de cada um e consciência da oferta adequada serão fundamentais para que as empresas de recuperação de crédito tenham bons resultados. 

Um contato mais humanizado decorre do entendimento da jornada do cliente não só na negociação, mas por todo o tempo que ele estiver relacionando-se com a cobradora. A forma que ele prefere ser contatado, a linguagem utilizada na abordagem e uma negociação transparente são condições indispensáveis para o aumento da efetividade. 

2022 projeta-se como um ano ainda mais desafiador deste período de pandemia, seja por questões econômicas, políticas ou de saúde e por isso o conhecimento das carteiras, dos produtos e especialmente dos clientes será o diferencial para o sucesso na recuperação de créditos, na cobrança administrativa e judicial. 

 

Como vencemos os desafios da implementação da recuperação de crédito no teletrabalho e nos certificamos na ISO 9001

Em que pese o trabalho remoto ser discutido e praticado desde a década de 1990, a maior parte das empresas nacionais, até o início de 2020, optaram por manter suas equipes em suas sedes. Todavia, a pandemia advinda do Covid-19 alterou significativamente as relações de trabalho, à medida que impôs como premissa maior o distanciamento físico entre as pessoas, aumentando, por consequência, o volume de colaboradores atuando, pela primeira vez, de forma remota.

Neste contexto, em março de 2020, com as primeiras notícias de infecções no território nacional, adveio decreto do município de Belo Horizonte que reduziu consideravelmente o número de posições de atendimento que tínhamos disponíveis para uso e, com isso, assim como milhares de empresas, tivemos que nos reinventar. Quem, até então, considerava alocar, num espaço curto de tempo, mais de 200 negociadores atuando na linha de frente da recuperação de crédito, em suas casas? Como nos comunicaríamos com a equipe e com nossos clientes de forma assertiva à distância? Qual seria o modelo ideal de gestão das pessoas? Como analisaríamos os dados? Muitos eram os questionamentos naquele momento.

O desafio chegou e com ele prevaleceu a visão do Grupo Barcelos de gerar valor para seus clientes e funcionários. Diretores e Superintendentes instauraram comitê de crise e todo o setor administrativo atuou incansavelmente em prol do operacional para que fossem disponibilizadas ferramentas adequadas para a atuação e gestão do time, dos dados e das carteiras dos nossos parceiros, considerando aqui, também, a iminente vigência da Lei Geral de Proteção dos Dados.

Nosso processo de seleção de pessoas foi alterado, já que passamos a buscar novos perfis de profissionais, nossa comunicação, mesmo com a distância física, melhorou e se tornou mais eficiente, ajustamos e reajustamos as nossas reuniões e quadros de acompanhamento de atividades, disponibilizamos novas modelagens de treinamentos, considerando que deveriam ser mais visuais, investimos na capacitação das pessoas e na automação dos processos. E, com a base dos 34 anos de existência, sempre atento à sua missão e visão de negócio, foi com esse modelo de trabalho – teletrabalho, que nos certificamos na ISO 9001.

Todo empenho, investimento e movimentação do escritório resultaram em um time engajado, gerando uma equipe empoderada, capaz de aumentar a produtividade atuando de suas casas e que soube inovar no básico: na comunicação. Com a fala e a escuta ativa focamos no que temos de melhor – nossa equipe e, com isso, implementamos um modelo de gestão em que o respeito, a confiança, a admiração e o empoderamento são pressupostos e não só consequência das relações de trabalho.

Mariana Vieira Machado Veríssimo

Gerente de cobrança do Grupo Barcelos

O que você tem a aprender com a gestão profissional do contencioso de massa?

Soluções ligadas a analytics, automação de processos e jurimetria fazem parte do trabalho da Barcelos & Janssen Advogados.

Guilherme Marchi, Advogado Superintendente Operacional do Grupo Barcelos, foi o entrevistado no Episódio #95 do podcast Lawyer to Lawyer, da Freelaw, tratando do impacto das novas tecnologias na rotina do escritório Barcelos & Janssen.

Acesse o link para ouvir o podcast:

O que você tem a aprender com a gestão profissional do contencioso de massa?

CÂNCER DE MAMA: Outubro Rosa e o direito fundamental à saúde

É chegado mais um Outubro Rosa para tocar cada um e cada uma de nós acerca da importância de conscientização acerca do câncer de mama. 

O câncer de mama é um tumor maligno ocasionado pela multiplicação de células anormais, que incidem sobre o tecido mamário. Em 2020, no Brasil, mais de 66 mil mulheres receberam esse diagnóstico1, que pode significar uma caminhada até a cura, mas que, lado outro, pode significar a dor da perda ou da mutilação.   

E, assim, considerando o elevado número de mulheres acometidas pela doença em todo o mundo e, sobretudo, considerando que o diagnóstico precoce pode salvar muitas vidas e minimizar o sofrimento, no início da década de 1990 foi criado o Movimento Internacional de Conscientização para o Controle do Câncer de Mama, o chamado Outubro Rosa. Trata-se de uma iniciativa da Fundação Susan G. Komen for the cure (www.komen.org), que idealizou uma celebração anual capaz de marcar o compartilhamento de informações e tem também o objetivo de proporcionar a ampliação do acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento. É muito importante que o diagnóstico se dê o quanto antes, para que seja propiciado o devido suporte médico e emocional às mulheres acometidas pelo câncer de mama, garantindo, assim, um tratamento de qualidade.  

As mulheres precisam ser cada vez mais encorajadas a abordar o tema sem preconceitos ou tabus, além de se conscientizarem acerca da necessidade de prevenção, lembrando que nos estágios iniciais a doença é assintomática. Ou seja, é preciso consciência e coragem para se tocar, para realizar os exames de forma planejada, organizada e sem medo.  

No Brasil, temos legislação a dar suporte ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama. O direito à saúde é direito fundamental dos cidadãos, nos termos do artigo 196 da Constituição da República de 1988, que enuncia:  A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Com base nisso, em 1990, a Lei n. 8.080 criou o SUS – Sistema Único de Saúde, modelo e referência mundial, na medida em que é o único sistema do mundo a garantir assistência integral e gratuita a seus usuários.  

E, assim, a Lei n. 9.797/1999 foi criada de modo específico para o tratamento do câncer de mama e dispõe acerca do suporte prestado pelo SUS para realizar, de modo obrigatório, cirurgias plásticas reparadoras da mama nos casos de mutilação decorrentes do tratamento. Ou seja, as mulheres que sofrerem mutilação total ou parcial da mama tem direito a se submeterem à cirurgia reconstrutiva.   

No tocante à efetiva prevenção e diagnóstico, a Lei n. 11.664/2008 foi promulgada objetivando definir ações do SUS nesse sentido, assegurando às mulheres assistência integral, tanto no que diz respeito às ações de informação e educação preventiva, quanto no sentido de garantir a realização de mamografia e ultrassonografia a todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade.    

Além disso, a Lei n. 12.732/2012 assegura e reforça que todos os pacientes com câncer têm direito ao atendimento gratuito pelo SUS, sendo-lhe garantidos todos os tratamentos necessários até o prazo de 60 dias contados da data do diagnóstico em laudo patológico.  

A luta pela conscientização da importância de prevenção e tratamento do câncer de mama é uma luta de todas as mulheres e de todos os cidadãos. E há respaldo jurídico para isso, na medida em que o direito à saúde é direito fundamental, devendo ser observado sem ressalvas.  

Vamos nos tocar, vamos cuidar e ampliar os debates acerca do tema, ajudando, assim, a salvar vidas.  

 

 

 

 

 

 

Preços de smartphones e leilão do 5G impulsionam crescimento do setor

O segmento de telecomunicações deve crescer 10% em 2021, após uma retração de 1% no ano passado, conforme estima a consultoria IDC Brasil, em pesquisa feita a pedido da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

O resultado deve ser impulsionado pelo aumento dos preços de smartphones e o leilão do 5G, estimado para ocorrer até o final do ano.

Além disso, o ritmo das fusões e aquisições no setor deve influenciar na valorização das ações na bolsa: o ano de 2020 apresentou o maior volume de negócios da última década, alcançando a cifra de R$ 22,8 bilhões em operações com valores revelados.

👉 A Barcelos Assessoria Empresarial segue acompanhando as principais tendências do mercado para oferecer aos seus clientes soluções modernas para recuperação de crédito no setor de telecomunicações. Quer saber mais? Fale com nossa equipe!

#PraCegoVer: Foto aérea de uma cidade com vários prédios. Lê-se na imagem: “Telecomunicações. Preços de smartphones e leilão do 5G impulsionam crescimento do setor”.

Retomada no setor aéreo

A média diária de decolagens no mês de julho equivale a quase 68% da oferta de voos registrada no início de março de 2020, antes dos severos impactos da pandemia sobre o setor aéreo.

Esse foi terceiro mês consecutivo de crescimento da malha aérea doméstica, conforme informou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

🔹 O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, avalia que a vacinação contra a covid-19 está reaquecendo a demanda por viagens de avião. “É fundamental que a imunização da população brasileira mantenha o ritmo atual para que a aviação possa retomar sua atividade de forma consistente”, destaca.

👉 A equipe da Barcelos Assessoria Empresarial segue acompanhando as principais movimentações envolvendo o setor.

#PraCegoVer: imagem da asa de um avião. Lê-se no canto superior direito: “retomada no setor aéreo”.

3 dicas de ouro para controlar suas finanças pessoais

Todo mundo sabe que é importante economizar e não gastar mais do que ganha. Porém, na prática, não é assim tão simples. Problemas de saúde, perda do emprego, falta de conhecimento sobre finanças… São inúmeras as razões que levam as pessoas a uma situação em que se encontram impossibilitadas de pagar a totalidade de suas dívidas.

Para evitar o endividamento e melhorar a qualidade de vida da população, é importante que a educação financeira seja valorizada e cada vez mais difundida.

Confira abaixo 3 dicas que vão te ajudar a ter mais controle das suas finanças pessoais!

Conheça sua realidade

Saiba quanto entra e quanto sai de dinheiro da sua conta no mês

Não comprometa mais de 30% da sua renda mensal

É consenso entre especialistas que esse percentual é o nível máximo saudável de dívidas

Tenha uma reserva de emergência

Dinheiro guardado que possa ser usado caso ocorra um imprevisto

Você sabe o que é PROCESSO?

Você sabe o que é PROCESSO?

Helena Freitas

 

Quando se fala em PROCESSO, há quem, equivocadamente, se reporte à noção de que processo é um amontoada de papéis, contendo problemas não solucionados, que são levados ao Judiciário para a busca de atividade satisfativa. Outros ainda dirão, que processo é instrumento para solução de litígios. Essa noção instrumentalista de que o processo tem papel servil à jurisdição ou de que processo e jurisdição são conceitos unívocos, é ultrapassado. E, dentro de uma perspectiva processual democrática, processo não é nada disso.

Minas Gerais é o berço da Escola de Processo Democrático, que traz José Alfredo de Oliveira Baracho como a grande referência, seguido por gigantes  Professores como Rosemiro Pereira Leal, Ronaldo Brêtas, Flaviane Barros, Dierle Nunes, Vicente Maciel e tantos outros.

Partindo-se, portanto, de uma matriz vincada em estruturas teóricas democráticas, processo é garantia de direitos fundamentais. O processo é a mais importante diretriz de construção do sistema jurídico em todos os níveis do Estado e fora dele. Isso porque quando se fala em processo, estamos a tratar do processo legislativo, administrativo, jurisdicional e ainda de todo o processo articulado para a construção de decisões, a exemplo, das decisões arbitrais ou até das decisões que precisem ser tomadas no âmbito das comunidades.

O chamado “direito material” (a exemplo do direito civil, penal, empresarial e até mesmo constitucional) é estruturado pelo processo, na medida em que os Códigos e legislações que pautam essas matérias precisam passar pela construção processual legislativa. Ou seja, o processo é base para toda a organização estatal.

É preciso, então, evidenciarmos essa perspectiva sobre PROCESSO, desmitificando o processo como se se limitasse ao âmbito do processo jurisdicional. O processo deve ser balizado pela garantia fundamental ao contraditório, ampla argumentação (ou ampla defesa), imparcialidade, para que, ao final, sejam proferidas decisões racionalmente fundamentadas. Essas decisões são os atos do executivo (processo administrativo), as normas (atos legislativos) e a decisões jurisdicionais (processo jurisdicional), além de abarcar as decisões arbitrais e outras que possam e devam ser construídas pelos cidadãos, de forma geral, sempre com atenção às inderrogáveis garantias fundamentais.

Assim, para que haja efetiva cidadania deve-se ter o processo como diretriz, como garantia de direitos fundamentais. Nada menos que isso. É o processo que construirá o Estado Democrático de Direito.